O projeto TEAM – “Tackling the Mental Health Stigma in Youth Football” apresentou um estudo sobre a saúde mental no futebol jovem na 18.ª Conferência Anual EuroMed, tendo como base pesquisas realizadas de 2015 a 2025.

Este novo estudo revela o que realmente os jovens jogadores enfrentam e o que pode ser feito para os apoiar.

Uma recente revisão sistemática destaca uma verdade frequentemente ignorada: futebolistas com idades entre 12 e 19 anos sofrem cada vez mais de ansiedade, depressão, esgotamento e distúrbios alimentares, desafios que vão muito além do jogo.

Os números apresentados referem ainda que 40% dos jovens jogadores apresentam sintomas de problemas de saúde mental, especialmente raparigas e jogadores mais velhos durante transições chave, por exemplo a nível do escalão sénior.

Especificando as questões de saúde mental que afetam os jovens jogadores, a ansiedade e a pressão de desempenho representam 11–28%, a depressão 6,5–40%, os distúrbios alimentares 11–22%, o esgotamento e problemas gerais de bem-estar 17–40%.

Quais as principais conclusões do estudo?

-Maior risco em raparigas;

-Maior risco durante a transição para um nível superior;

-Ambientes de apoio e baseados na autonomia aumentam a confiança e reduzem a ansiedade;

-Ambientes centrados no controlo e no ego pioram os resultados;

-Perfeccionismo, crenças irracionais e horários intensos aumentam a tensão mental;

-A crença no controlo pessoal (vs. fatores externos) melhora a resiliência e reduz a ansiedade.

E o que molda o seu bem-estar?

-Um clima de equipa, de apoio e autonomia aumenta a confiança e o equilíbrio emocional:

-Ambientes controladores ou altamente competitivos aumentam o stress e reduzem a autoestima;

-Sono, nutrição e regulação emocional são vitais tanto para a saúde como para o desempenho.

Como podemos ajudar? A saúde mental deve ser valorizada tanto quanto a condição física.

O que incluem os passos práticos?

-Monitorização sistemática do bem-estar mental;

-Formação de treinadores em empatia, comunicação e abordagens sensíveis ao género;

-Treino de competências mentais nas rotinas diárias;

-Discussões abertas para quebrar o estigma e promover a procura precoce de ajuda;

-Apoio multidisciplinar entre treinadores, pais e profissionais;

O programa TEAM está atualmente a recolher novos dados e resultados em cinco países da União Europeia (Chipre, Espanha, Itália, Grécia, Portugal).

O TEAM é gerido por sete organizações europeias que combinam experiência em desporto, saúde mental e educação. A entidade coordenadora do projeto é a Universidade de Nicósia, com a participação da GDA Sports e da Federação de Futebol de Chipre (Chipre), Red Deporte (Espanha), Università Gabriele D’Annunzio Chieti-Pescara (Itália), Universidade da Tessália (Grécia) e a Associação de Futebol de Bragança (Portugal).

Para mais informações sobre o projeto TEAM, visita o site do projeto e segue-nos nas redes sociais.

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“Quebra o estigma — a força mental começa quando te sentes seguro para falar e ser tu mesmo.”